sábado, 7 de novembro de 2015

Renda mínima: um pouco da história


Programas de renda básica, como os adotados no Brasil e em outros países, como a Finlândia, serão comuns no futuro. Os países buscam saídas para uma realidade em que empregos serão escassos. E em que a concentração de renda será crescente.


No livro A Segunda Era das Máquinas, de dois especialistas em tecnologias do MIT, uma revelação no mínimo curiosa: "A renda básica não faz parte das principais discussões políticas atualmente  (nos EUA), mas tem uma história surpreendentemente longa e chegou bem perto de se tornar realidade nos Estados Unidos no século XX", relatam os autores.

Um dos primeiros proponentes da iniciativa foi o ativista político anglo-americano Thomas Paine. Em um panfleto distribuído em 1797, denominado Agrarian Justice, ele defendia que todas as pessoas deveriam receber determinada soma de dinheiro ao alcançar a idade adulta. Seria um meio de compensar, segundo o texto, "o fato injusto de que algumas pessoas nasciam em famílias latifundiárias, enquanto outras não.

Ainda segundo os autores do MIT, mais tarde, os defensores da renda básica -- ou mínima -- incluíram o filósofo Bertrand Russell e o líder dos direitos civis Martin Luther King. O ativista escreveu em 1967: "Estou convencido de que a abordagem mais simples se mostrará a mais eficaz - a solução para a pobreza é abolí-la diretamente com uma medida agora amplamente discutida, a renda garantida."

Proposta defendida por representantes da direita e da esquerda norte-americana, em 1968, mais de 1200 economistas assinaram uma carta em apoio ao conceito, enviada ao Congresso dos Estados Unidos.  

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