Carlos Teixeira
Editor I Radar do Futuro
Você fica sabendo que o aniversário da tia-avó de da mãe do seu amigo foi um sucesso. A estrela da festa completou 100 aninhos com uma festa de verdade. Sem qualquer sinal de enfermeiros, cuidadores e cadeiras de rodas. Sem ambulância na porta. Sem padres e rezas. Presentes apenas os parentes, alegria e o deslumbramento com a saúde da aniversariante, responsável por animar os parentes mais desanimados para a dança comandada por um DJ.
Tudo bem que, hoje, a tia-avó da mãe do amigo é uma exceção. Assim como a mãe do mesmo amigo. Prestes a completar 90 anos, ela revela boa saúde para continuar a ser livre, sem gente se intrometendo com a vida dela. Apenas agora passou a tomar um remédio para pressão. Apenas por precaução. O coração segue batendo em bom estado, como uma herança familiar.
Histórias de centenários que vivem com qualidade de vida tendem a ser mais frequentes nos próximos anos. Uma oportunidade que não se encaixa nos anúncios expostos pelas casas de saúde da "melhor idade". Pense além dos esquemas que associam velhice a decadência. Afinal, com os avanços da medicina, estamos cada vez mais próximos de fazer dos 100 os novos 60.
Sinais do futuro
Diversificação pela sobrevivência
Ava está chegando
Você ainda vai se sentir enganado ao conversar com uma imagem e achar que é gente. Afinal, os assistentes digitais estão ficando mais humanos. Isso mesmo. Além de ter uma voz capaz de confundir interlocutores ao telefone, nos smartphones os chatbots começam a ter uma identidade visual. Como a Ava, o avatar de Autodesk Virtual Agent. Com um rosto extremamente realista, voz e um conjunto de “emoções” fornecidas por uma empresa de inteligência artificial neozelandesa e uma startup de efeitos especiais chamada Soul Machines, está aberta a nova temporada da inteligência artificial com cara de gente.
Robô, faça o favor
O desafio da biotecnologia
A falta de investimentos de laboratórios brasileiros no segmento, responsável por grande parte das inovações no mundo, ameaça a atividade no País, que ainda se apoia no modelo de genéricos, enquanto a biotecnologia avança no mundo. Há iniciativas no Brasil, mas são precariamente divulgadas. Traço comum a diferentes segmentos nacionais, nos últimos 15 anos os laboratórios nacionais cresceram por meio da cópia de produtos sintéticos que perderam a patente. O setor vai esperar apoio do governo. Que não virá.
Indicadores
A entrega de conteúdo audiovisual e de outras mídias transmitidas pela internet, denominados de Over the Top (OTT), está apontando para direções cada vez mais promissoras. Uma pesquisa realizada pela consultora Frost & Sullivan mostrou que o Brasil é o oitavo mercado do mundo no segmento. Em 2018, a projeção deverá atingir a marca de US$ 783 milhões na América Latina devido ao uso de novas tecnologias.
Universidade x Judiciário
Prospectiva: entender os sinais do futuro
Sabe por que não percebemos as mudanças que estão ocorrendo na sociedade ou no planeta? Às vezes, porque as transformações são lentas demais. As mudanças climáticas são o caso mais clássico das transformações excessivamente discretas. Já na década de 1950 existiam os primeiros alertas para o aumento da temperatura da Terra. Agora, chegou o momento das mudanças se acelerarem, exponencialmente.
Quando o cidadão cai na real, os fenômenos climáticos são cada vez mais severos. Como as chuvas de um mês que resolvem cair na cidade em um dia apenas, causando inundações. E tragédias.
Fica a lição da semana para o caçador de tendências: preste atenção nos sinais de longo prazo.
Futuristas
Gerd Leonhard: Humanidade x Tecnologia
Especializado nas mudanças na área de produção e do mercado midiático, com foco nas consequências das novas tecnologias e no conceito de convergência, Gerd Leonhard é um típico pensador da era digital. Hoje, se dedica a divulgar o livro Humanidade x Tecnologia, em que desafia os leitores a fazer um balanço e a repensar a humanidade no mundo pós-humano.
A partir de duas décadas viajando pelo mundo e falando sobre cenários futuros em muitas indústrias e culturas, o futurista avalia que, à medida que a tecnologia se desenvolve em um ritmo exponencial e redefine a forma como trabalhamos, vivemos e até pensamos, há uma miríade de perguntas não formuladas que deveríamos ter feito há algum tempo.
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