A participação dos cartões de débito nas transações eletrônicas aumentou em 2017. Paralelamente, ocorreu redução na quantidade de transações através de canais tradicionais e aumento de transações através de dispositivos móveis e correspondentes bancários.
Os dados fazem parte de um levantamento do Banco Central sobre o desempenho dos meios de pagamento. Os indicadores mostram a consolidação da tendência de continuidade do processo de expansão de meios alternativos de pagamento e de transferência de recursos.
Segundo o órgão, os pagamentos com o cartão concentraram 55,4% das transações eletrônicas no ano passado, contra 53,9% em 2016. Em nota, a autoridade monetária informou que a popularização dos cartões de débito é coerente com as expectativas do próprio Banco Central e do sistema financeiro, que tem procurado incentivar os pagamentos eletrônicos.
“Aumentou a participação das operações com cartões de débito, o que está em consonância com o direcionamento dado pelo BC de que o cartão de débito seja cada vez mais utilizado como instrumento de pagamento”, informou o órgão.
Os cartões de débito lideraram o crescimento entre todas as modalidades de meios eletrônicos. Segundo o BC, o número de cartões de débito ativos no Brasil aumentou de 101,283 milhões no fim de 2016 para 107,599 milhões no fim do ano passado, alta de 6,24%. O total de cartões de crédito passou de 81,97 milhões para 83,52 milhões, crescimento de 1,89%.
Em relação ao número de transações, o total de pagamentos no débito saltou de 6,8 bilhões para 7,9 bilhões em 12 meses, alta de 16,2%. O total de operações na função crédito subiu de 5,9 bilhões para 6,4 bilhões, variação de 8,5%.
Dispositivos móveis
Na classificação por canais de acesso, o levantamento do Banco Central revelou que, pela primeira vez na história, as transações de dispositivos móveis – smartphones, tablets e personal digital assistant (computadores de mão usados por atendentes) – lideraram as transações financeiras dos bancos em 2017. Até o ano anterior, o acesso remoto pelos sites das instituições financeiras (computador, home banking e office banking) concentravam as transações.
No ano passado, 24,52 milhões de transações financeiras foram realizadas por meio de dispositivos móveis, contra 20,6 milhões de transações por acesso remoto e 11,24 milhões de operações em caixas eletrônicos. Os canais tradicionais de atendimento (agências e postos de atendimentos) ficaram bem atrás, com 8,5 milhões de transações.
“De fato, ocorreu redução na quantidade de transações através de canais tradicionais e aumento de transações através de dispositivos móveis e correspondentes bancários”, comentou o BC no comunicado.
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