Novos recursos tecnológicos e perda de espaço das mídias tradicionais desafiam a atividade de assessores de imprensa.
Prestadores de serviços especializados na intermediação do relacionamento entre fontes de informações e meios de comunicação de massa, assessores de imprensa encaram desafios diante da maior presença da internet no cotidiano dos consumidores de informações. O acesso a notícias por equipamentos móveis, como os “tablets” e celulares, altera ainda mais a relação dos assessores com a imprensa tradicional, formada por jornais, revistas, rádios e tvs abertas.
Considere o exemplo de uma empresa de siderurgia, há pouco menos de vinte anos e hoje. Como estatal, a empresa tinha uma equipe própria de jornalistas. Os profissionais se relacionavam basicamente com a imprensa local, sucursais de jornais nacionais e com os poucos jornais econômicos - a Gazeta Mercantil, mais exatamente. Releases eram produzidos e distribuídos por fax ou, mesmo, por correio. Hoje, a empresa, privatizada nos anos 1990, tem um coordenador de imprensa e assessores de uma empresa terceirizada. Não existem mais sucursais, a Gazeta Mercantil quebrou e foi parcialmente substituída pelo Valor Econômico, que não consegue ter a mesma relevância. O investidor em ações, maior interessado em noticiário das empresas abertas, recorre a sites como Infomoney para acompanhar o desempenho das ações da empresa. E a imprensa local perdeu poder.
No cenário em processo de revolução, os hábitos do leitor não são, e nem serão, mais os mesmos. Alguns dos sinais, mesmo que descontadas as diferenças com a realidade brasileira, surgem nos Estados Unidos. Uma pesquisa do Poynter Institute, confirma a tendência de migração dos meios off-line para o online. O relatório anual “State of Media” mostra que a web foi, no ano passado, a segunda fonte mais popular para a obtenção de notícias. Perdeu apenas para a TV local, que foi o primeiro veículo também em receitas, com as mídias digitais em segundo lugar.
Prestadores de serviços especializados na intermediação do relacionamento entre fontes de informações e meios de comunicação de massa, assessores de imprensa encaram desafios diante da maior presença da internet no cotidiano dos consumidores de informações. O acesso a notícias por equipamentos móveis, como os “tablets” e celulares, altera ainda mais a relação dos assessores com a imprensa tradicional, formada por jornais, revistas, rádios e tvs abertas.
Considere o exemplo de uma empresa de siderurgia, há pouco menos de vinte anos e hoje. Como estatal, a empresa tinha uma equipe própria de jornalistas. Os profissionais se relacionavam basicamente com a imprensa local, sucursais de jornais nacionais e com os poucos jornais econômicos - a Gazeta Mercantil, mais exatamente. Releases eram produzidos e distribuídos por fax ou, mesmo, por correio. Hoje, a empresa, privatizada nos anos 1990, tem um coordenador de imprensa e assessores de uma empresa terceirizada. Não existem mais sucursais, a Gazeta Mercantil quebrou e foi parcialmente substituída pelo Valor Econômico, que não consegue ter a mesma relevância. O investidor em ações, maior interessado em noticiário das empresas abertas, recorre a sites como Infomoney para acompanhar o desempenho das ações da empresa. E a imprensa local perdeu poder.
No cenário em processo de revolução, os hábitos do leitor não são, e nem serão, mais os mesmos. Alguns dos sinais, mesmo que descontadas as diferenças com a realidade brasileira, surgem nos Estados Unidos. Uma pesquisa do Poynter Institute, confirma a tendência de migração dos meios off-line para o online. O relatório anual “State of Media” mostra que a web foi, no ano passado, a segunda fonte mais popular para a obtenção de notícias. Perdeu apenas para a TV local, que foi o primeiro veículo também em receitas, com as mídias digitais em segundo lugar.
De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados obtiveram as notícias e informações por meios online ante os 31% de fieis leitores dos meios de papel. No grupo na faixa etária entre 18 a 29 anos, 65% responderam que tiveram acesso a notícias na plataforma online. No mercado norte-americano, o meio online foi o único segmento que teve crescimento ano sobre ano. As demais plataformas – rádio, TV, jornais e revistas – registraram, sem exceção, queda de audiência e faturamento. Mas, a audiência de notícias exclusivamente baseadas em texto está em queda, de forma geral.
Um dado merece atenção diferenciada: Apenas 40% dos entrevistados pelo Poynter disseram que leram as notícias em um jornal online ou impresso, o que representa queda de 12% nos últimos cinco anos. Além de abandonar os meios impressos, o consumidor consolida a preferência pelas informações no formato de vídeo.
A mudança de comportamento do mercado da informação tende a forçar a adoção de estratégias de diferenciação pelas assessorias de imprensa, em especial das pequenas assessorias, com atuação local. No passado, elas podiam se contentar em manter o relacionamento com os veículos regionais para a divulgação de marcas, produtos ou eventos. Agora, a mobilidade propiciada pelos equipamentos como os tablets e os celulares com acesso à internet em qualquer lugar torna a comunicação, ao mesmo tempo, pessoal e global. A assessoria deve dar conta de produzir e entregar informações relevantes tanto para um blog quanto para grandes portais.
Além de conviver com a revolução do consumo das informações, o segmento tende a enfrentar, também, o aumento da concorrência. A expansão do número de novos jornalistas e a redução do tamanho das redações aumentam a disputa por clientes. Além disso, outros “players” e produtos desembarcam no mercado, colocando em dúvida o papel e a eficiência das iniciativas de assessoria de imprensa. Por exemplo, maiores investimentos devem ser destinados a mídias próprias das corporações, como as mídias sociais, um segmento em que as responsabilidades são ainda difusas.
No balanço das tendências futuras, a mobilidade é oportunidade e ameaça para o mercado de assessorias de imprensa. Ao mesmo tempo em que gera alternativas de produtos e serviços, coloca em risco as atividades mais tradicionais do segmento. A partir de um viés otimista, é possível crer que um maior número de empresas será obrigada a desenvolver ações de comunicação diante das pressões por investimentos em transparência. Responsabilidade social, sustentabilidade e inovação requerem ações práticas que vão exigir divulgação e gerar demandas adicionais no mercado.
Transformações
Até a transição entre as décadas de 1990 e de 2000, o assessor tradicional apenas aguardava ligações dos repórteres dos principais veículos do País ou distribuia releases aleatoriamente, sempre para os mesmos veículos. Em algumas redações, o fax, sistema que possibilitava enviar cópias de documentos pelo telefone, ainda permanece em algum canto, aguardando os releases dos assessores mais tradicionais.
No cenário da segunda década do século 21, o modelo está fadado a ser superado por profissionais - jornalistas ou não - que têm formação e visão estratégica do relacionamento entre as fontes de informações e os veículos.
Um dado merece atenção diferenciada: Apenas 40% dos entrevistados pelo Poynter disseram que leram as notícias em um jornal online ou impresso, o que representa queda de 12% nos últimos cinco anos. Além de abandonar os meios impressos, o consumidor consolida a preferência pelas informações no formato de vídeo.
A mudança de comportamento do mercado da informação tende a forçar a adoção de estratégias de diferenciação pelas assessorias de imprensa, em especial das pequenas assessorias, com atuação local. No passado, elas podiam se contentar em manter o relacionamento com os veículos regionais para a divulgação de marcas, produtos ou eventos. Agora, a mobilidade propiciada pelos equipamentos como os tablets e os celulares com acesso à internet em qualquer lugar torna a comunicação, ao mesmo tempo, pessoal e global. A assessoria deve dar conta de produzir e entregar informações relevantes tanto para um blog quanto para grandes portais.
Além de conviver com a revolução do consumo das informações, o segmento tende a enfrentar, também, o aumento da concorrência. A expansão do número de novos jornalistas e a redução do tamanho das redações aumentam a disputa por clientes. Além disso, outros “players” e produtos desembarcam no mercado, colocando em dúvida o papel e a eficiência das iniciativas de assessoria de imprensa. Por exemplo, maiores investimentos devem ser destinados a mídias próprias das corporações, como as mídias sociais, um segmento em que as responsabilidades são ainda difusas.
No balanço das tendências futuras, a mobilidade é oportunidade e ameaça para o mercado de assessorias de imprensa. Ao mesmo tempo em que gera alternativas de produtos e serviços, coloca em risco as atividades mais tradicionais do segmento. A partir de um viés otimista, é possível crer que um maior número de empresas será obrigada a desenvolver ações de comunicação diante das pressões por investimentos em transparência. Responsabilidade social, sustentabilidade e inovação requerem ações práticas que vão exigir divulgação e gerar demandas adicionais no mercado.
Transformações
Até a transição entre as décadas de 1990 e de 2000, o assessor tradicional apenas aguardava ligações dos repórteres dos principais veículos do País ou distribuia releases aleatoriamente, sempre para os mesmos veículos. Em algumas redações, o fax, sistema que possibilitava enviar cópias de documentos pelo telefone, ainda permanece em algum canto, aguardando os releases dos assessores mais tradicionais.
No cenário da segunda década do século 21, o modelo está fadado a ser superado por profissionais - jornalistas ou não - que têm formação e visão estratégica do relacionamento entre as fontes de informações e os veículos.
o que | antes | agora e futuro |
quem era | jornalista | jornalista relações públicas profissionais de marketing gestores de mídia social |
relacionamento | jornalistas repórteres/editores especializados | jornalistas blogueiros formadores de opinião |
objetivo | Publicar notícias em: jornais nacionais jornais regionais revistas tvs fechadas rádios grandes grupos de comunicação | jornais regionais jornais nacionais revistas especializadas tvs abertas tvs fechadas sites especializados sites próprios grandes grupos de telecomunicações |
produto | notícia = release | informação = conhecimento = relacionamento |
serviços | produção e encaminhamento de notícias organização de coletivas clipping treinamento de relacionamento com mídia produção de jornais | gestão da informação relacionamento com novas mídias produção de vídeos |
relações de trabalho | sólida = carteira assinada | frágeis = terceirização ampla |
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