Carlos Plácido Teixeira
Colunista Radar do Futuro / Diário do Comércio
Sua cunhada, que alguns anos atrás torcia o nariz para as tecnologias e se mostrava desinteressada diante das novidades tecnológicas, finalmente subumbiu. Outro dia, você ficou surpreso ao perceber que ela aproveitou uma viagem à Disney, nos Estados Unidos, e voltou com um iPhone. Mal sabe como funciona, se sente importante com a conexão com a família. A entrada de pessoas resistentes como ela no ambiente dos telefones inteligentes e da internet antecede novos passos dos usuários das tecnologias. Após a iniciação, o próximo passo é a descoberta de um mundo de entretenimento e, especialmente, de consumo.
O momento é da disruptura definitiva, o momento em que algo deixa de ser uma possibilidade ou um produto em amadurecimento para se instalar definitivamente. Com a incorporação dos novos usuários, os retardatários, na escala evolutiva das inovações, os próximos meses serão de quebra definitiva dos modelos para as empresas. É possível prever que haverá o crescimento do fosso que separa empresas líderes e as que resistem em entender que o processo de fortalecimento de empresas de internet não vai ser abrandado.
Segundo a Cisco, indústria de equipamentos de computação, até 2019 o mundo terá 4,6 bilhões de smartphones nas mãos de consumidores. Quase metade do mundo vai ter um computador poderoso em seu bolso e muito diferentes expectativas de seu negócio em 2015.
Pior ainda para aqueles que esperam à beira do rio para recuperar o fôlego. As empresas que não compreenderam o que a digitalizaçao pode fazer para o seu negócio e o que ela está fazendo com o seu ambiente competitivo ou com as empresas que são lentas para experimentar e inovar, estão condenadas a perder mais terreno em 2015.
Cada aspecto da digitalização de tudo, de soluções móveis para privacidade e segurança, é uma fonte de diferenciação competitiva pelas empresas que obtêm. Forrester: "2015 vai servir como um ponto de inflexão em que as empresas que utilizam com sucesso a tecnologia digital para servir os clientes com vantagem criará clara separação competitiva daqueles que não têm."
A irmã gêmea da digitalização de tudo é a mobilização de tudo. "42% do total da população global vai possuir um smartphone até o final de 2015", prevê a Forrester. Estes consumidores e trabalhadores sempre conectados vão abandonar o seu negócio se ele não entender onde eles estão e o que eles querem. Forrester: "Os consumidores estão passando por uma mudança de mentalidade móvel: a expectativa de que podem obter o que querem imediatamente.
A internet, como conhecemos inicialmente, presa a fios e sobre alguma mesa, está sendo rapidamente substituída pelos computadores em nossos bolsos. Ainda segundo a consultoria, a comunicação móvel chegou a um ponto de inflexão em 2014, uma vez que solidificou sua posição como uma das tecnologias mais disruptivas para as empresas em décadas. "Os consumidores esperam para se envolver com marcas para obter qualquer informação ou serviço que deseja imediatamente e dentro do contexto. Hoje, 18% dos consumidores americanos online têm essa expectativa, enquanto 30% estão no meio de uma transição para essa mudança de mente móvel.
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