Estado de espírito acumulado nos últimos anos, o pessimismo ainda deve acompanhar os empresários do setor de bens de capital em 2015. Mesmo que apostem em alguma melhora, após a divulgação de mudanças na equipe econômica do governo federal, os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas esperam por nova queda dos negócios no próximo ano. Recuperação mesmo, só em 2016. E caso as condições de temperatura e pressão do mercado tenham mudanças verdadeiras. São os tais ajustes da política econômica esperados pelo sistema produtivo.
“A partir do meio do primeiro trimestre será possível captar sinais de recuperação da confiança, caso o governo faça o dever de casa”, diz o diretor da seção mineira da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), Marcelo Veneroso. Há muitas pedras no caminho da indústria.
Os desafios para a formação de um ambiente de confiança persistem no início do ano com as dúvidas de curto prazo, sobre a capacidade da nova equipe econômica em impor as medidas defendidas como necessárias para sanear as contas do governo. E há as já tradicionais reivindicações de longo prazo, quase seculares, como a demanda por uma reforma tributária.“Precisamos de uma política de diferenciação das taxas de juros”, defende Veneroso, reforçando a defesa de uma política de juros que não penalize os empresários da produção.
Para compensar a tendência de elevação ou manutenção em patamares altos das taxas de juros e o câmbio em níveis baixos, capazes de retomar as margens de ganhos perdidas nos últimos anos, ele espera que a política econômica a ser adotada deixe pelo menos os investidores mais tranquilos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário