A renda per capita brasileira tende a crescer 2,48% ao ano até 2020, graças ao "bônus demográfico", indicador de que o número de trabalhadores ativos é maior do que o total de dependentes, entre crianças e adultos. O indicador positivo integra um relatório do Banco Mundial (Bird), que também emite sinais de alerta sobre o cenário futuro do País, diante da perspectiva de aumento da participação de idosos no total da população.
Enquanto países como a França levaram mais de um século para registrar aumento de 7% para 14% da população com mais de 65 anos, no Brasil o processo ocorrerá em duas décadas, até 2031. Segundo as projeções do Bird, em 2050 a faixa de idosos crescerá a uma taxa de 3,2% ao ano, somando 64 milhões de brasileiros. Ou seja, quase um terço da população - mais exatamente 29,7% da população total da população.
A mudança drástica no perfil da população vai pressionar, necessariamente, os sistemas de aposentadoria, de de saúde e educação, e pode criar gargalos para o crescimento e a capacidade do Estado para financiar alguns serviços sociais. Também o planejamento urbano e o mercado de trabalho podem ser afetados, destaca o relatório do Bird.
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