sábado, 12 de março de 2016

Adolescentes naturalizam diversidade de gênero e sexo

Uma nova pesquisa com jovens norte-americanos de 13 a 20 anos, classificados pelo marketing como integrantes da "geração Z", chegou à conclusão de que eles são muito mais abertos do que a geração imediatamente anterior, a "do Milênio", em assuntos relacionados a gênero e sexualidade. Os adolescentes parecem mais propensos a aceitar as pessoas sem questioná-las, enquanto constatam a dificuldade dos mais velhos em aceitar a diversidade.


Redação
Radar do Futuro

Segundo o estudo da agência de previsão de tendências J. Walter Thompson Innovation Group, apenas 48% dos "Zs" se identificam como exclusivamente heterossexuais.  Entre os milenares, de 21 a 34 anos, 65% se definem da mesma forma. Há, de acordo com os dados, uma crescente rejeição ao modelo de mundo que divide a sociedade por gêneros masculino e feminino.

Para Shepherd Laughlin, diretor da JWT, os membros da geração acreditam que o sexo não deve ser visto como um binário. Para 81% deles, o sexo não define a pessoa. Mais de um terço dos jovens revelou algum nível de bissexualidade, enquanto no grupo mais velho o percentual foi de 24%.  O mesmo terço também concorda que gênero não define uma pessoa, da mesma forma que no passado.

Os adolescentes encaram com naturalidade, e até certa dose de alívio, a multiplicidade de identidades. Trans, bi, assexuados, sem gênero ou que nome tenha, o fato é que há termos para definir qualquer condição de forma natural. O estudo constata que mais e mais pessoas estão percebendo que podem se inserir em uma caixa ou outra ou mesmo em nenhuma.

Tyler Ford, um internauta que se define como sem gênero, entrevistado pelo site Broadly, assegura que não sabe quantas vezes alguma pessoa escreveu alguma coisa e ele pensou: "Oh meu Deus, isso é uma coisa real? Isso não é só comigo? Há um nome para isso". Segundo  a rede desempenha papel mais importante no processo de auto-descoberta. "Os jovens têm mais acesso às informações e às outras pessoas do que nunca. Pessoas marginalizadas estão construindo comunidades e plataformas on-line e estão falando sobre suas experiências diárias em fóruns públicos".


fonte: Broadly.vice.com

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