quinta-feira, 12 de março de 2015

O mundo em 2045: Nanorobôs, casas inteligentes e impressoras 3D

Kaspersky, empresa de segurança digital, projeta uma sociedade em que os robôs, de diferentes tipos, estarão em todos os lugares


Radar do Futuro

A 2045, não só a internet estará em todos os lugares. Também os robôs serão presentes em todos os cantos. A previsão integra um levantamento realizado pela Kaspersky Lab, empresa de segurança digital. Em pouco tempo, é provável que a população mundial inclua bilhões de pessoas e bilhões de robôs. Serão eles os responsáveis por quase todo o trabalho pesado e de rotina da sociedade.

Naturalmente, não se deve pensar em robôs apenas como o modelo da ficção científica tradicional. Robôs podem ser máquinas que fazem a limpeza de residências, equipamentos empregados em indústrias e os mecanismos microscópios, que podem controlar a dosagem de remédios aplicados no corpo humano. "As pessoas vão trabalhar na melhoria dos softwares dos robôs e a indústria de TI será o lar de empresas que desenvolvem programas para robôs. Assim como, hoje em dia, eles desenvolvem aplicativos para usuários baixarem e instalarem", imaginam os especialistas da Kapersky.

"Até certo ponto, os limites entre robôs e seres humanos serão confusos", avalia o estudo prospectivo, apontando para a perspectiva de surgimento de "pessoas mecânicas. Transplantes vão começar a utilizar órgãos artificiais controlados eletronicamente. E implantes de próteses serão procedimentos cirúrgicos de rotina. Nanorobôs vão viajar dentro do corpo humano para entregar drogas a células doentes ou realizar microcirurgias. Sensores especialmente instalados irão monitorar a saúde das pessoas e transmitir suas descobertas para um armazenamento em nuvem que poderá ser acessado pelo médico local. Tudo isso deve levar a um aumento considerável da expectativa de vida.

Também os computadores pessoais, nas diferentes modalidades que conhecemos hoje, terão desaparecido. "O PC pode ter iniciado todo o boom de TI, mas em 2045, provavelmente, iremos vê-los apenas em museus. Para ser mais preciso, não vamos precisar de uma única ferramenta para trabalhar com dados - que é basicamente tudo o que um computador faz".

Na realidade desenhada para daqui a 30 anos, haverá uma gama ainda maior de dispositivos inteligentes, que realizarão com afinco todas as funções dos PCs de hoje. Por exemplo, a análise financeira será feita através de um servidor controlado pela empresa com a utilização de documentos eletrônicos. E não por um contador em um computador pessoal.

Nossos alter ego digitais estarão formados de maneira única em uma estrutura global capaz de se autorregular e se envolver em gerenciar a vida no Planeta. O sistema funcionará mais ou menos como redes que preservam o anonimato, conhecidas por TOR, The Onion Router. Os usuários mais ativos e eficazes ganharão os direitos de moderadores. O sistema será voltado para a distribuição de recursos entre pessoas, para a prevenção de conflitos armados e outras ações humanitárias.

Cotidiano
As pessoas viverão em casas inteligentes, onde a maioria dos confortos serão totalmente automatizados. O software que coordena a casa cuidará do abastecimento de energia, água, alimentos e suprimentos para consumo. A única preocupação dos moradores será garantir que exista dinheiro suficiente em suas contas bancárias para pagar as contas.

O estudo também aposta na adoção em massa da impressão 3, acessível a toda a população, como os smartphones atuais. As impressoras 3D nos permitirão projetar e criar o que precisamos desde utensílios domésticos, como pratos e roupas, até tijolos de construção para a futura casa.

Esse mundo será propício, também, para a tendência contrária, de rejeição, ou "tecnofobia". Nem todo mundo vai estar animado com este novo mundo intensamente robótico. Novos luditas surgirão para se opor ao desenvolvimento de casas inteligentes, estilos de vida automáticos e robôs. Os opositores à evolução da TI não usarão sistemas inteligentes, aparelhos e robôs para certos tipos de trabalho, e não terão qualquer identidade digital.


"A taxa atual de desenvolvimento em TI torna difícil à previsão precisa de onde estaremos daqui a algumas décadas. No entanto, fica claro que a cada ano nossas tecnologias vão ficar ainda mais inteligentes e as pessoas que trabalham com elas terão de acompanhá-las. Podemos ter certeza de que os criminosos vão continuar a fazer todos os esforços para explorar qualquer novo avanço de TI para os seus próprios fins maliciosos ", diz Alexander Gostev, Especialista-Chefe em Segurança da Kaspersky Lab.

"De qualquer forma, independentemente de como parecerá nosso mundo em 30 anos, devemos começar a melhorar agora seu conforto, segurança e bem-estar . A tecnologia é apenas uma ferramenta, e depende só de nós se vamos usá-la para o bem ou para o mal”.

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