Heraldo Leite
Editor Webmilk.com
Tome-se uma típica sexta-feira, dia 10 do mês, 3 horas da tarde, e um banco e suas quilométricas filas. No espaço preferencial para os idosos, um deles pede licença. Aparenta ter chegado aos oitentinha, e questiona o outro, bronzeado, roupa esportiva e ainda lépido e fagueiro, mal chegado aos 65 anos, que está à sua frente.
- Aqui é a fila dos idosos – argumenta o octogenário
- Também tenho o direito de estar aqui. Aguarde sua vez – retruca o sexagenário.
Estatísticas
A cena ocorreu de fato e chama a atenção para duas percepções. A primeira: é cada vez maior o número de idosos no outrora “País do Futuro”.
* O ano de 2015 deverá ser lembrado como o início de um novo capítulo da história humana. Previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, até dezembro, a população de crianças com menos de 5 anos será ultrapassada pela faixa com mais de 65 anos de idade. Ou seja, menos gente nascendo.
* Em 2050, o número de brasileiros acima de 60 anos totalizará cerca de 70 milhões — quase a população atual da França. Os brasileiros com mais de 80 anos serão mais de 16 milhões.
* A expectativa de vida da população, que nos anos 1970 não chegava aos 54 anos, agora ultrapassa os 75.
A segunda observação é que as pessoas têm ganhado saúde. O sexagenário bronzeado, roupa esportiva - provavelmente malhado e sarado - da fila do banco é cada vez mais comum, ao contrário do estereótipo do velho alquebrado, mão nas costas e dependente de uma bengala.
Não se faz mais envelhecimento como antigamente.
Nada contra os espaços reservados aos idosos em bancos, repartições e transporte públicos. Talvez tenha sido a melhor solução encontrada. Mas, daqui a alguns anos será eficaz ou haverá tantos idosos na fila que talvez eles se infiltrem nas demais filas em busca do rápido atendimento?
Soluções
É provável que a solução, bem ao gosto dos paliativos demagógicos que se multiplicam em forma de leis e decretos, seja subir a idade preferencial para 80 anos. Numa rápida projeção, os sexagenários e septuagenários dos próximos 20 ou 30 anos deverão estar em plena atividade – e ainda mais saudáveis que os quarentões e cinqüentões de hoje.
E aí que fica a pergunta: nosso sistema previdenciário – o INSS e os planos privados – estão preparados? Como fazer se o trabalhador pode passar mais anos aposentado do que trabalhando, na ativa?
Eis a questão.
- Aqui é a fila dos idosos – argumenta o octogenário
- Também tenho o direito de estar aqui. Aguarde sua vez – retruca o sexagenário.
Estatísticas
A cena ocorreu de fato e chama a atenção para duas percepções. A primeira: é cada vez maior o número de idosos no outrora “País do Futuro”.
* O ano de 2015 deverá ser lembrado como o início de um novo capítulo da história humana. Previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, até dezembro, a população de crianças com menos de 5 anos será ultrapassada pela faixa com mais de 65 anos de idade. Ou seja, menos gente nascendo.
* Em 2050, o número de brasileiros acima de 60 anos totalizará cerca de 70 milhões — quase a população atual da França. Os brasileiros com mais de 80 anos serão mais de 16 milhões.
* A expectativa de vida da população, que nos anos 1970 não chegava aos 54 anos, agora ultrapassa os 75.
A segunda observação é que as pessoas têm ganhado saúde. O sexagenário bronzeado, roupa esportiva - provavelmente malhado e sarado - da fila do banco é cada vez mais comum, ao contrário do estereótipo do velho alquebrado, mão nas costas e dependente de uma bengala.
Não se faz mais envelhecimento como antigamente.
Nada contra os espaços reservados aos idosos em bancos, repartições e transporte públicos. Talvez tenha sido a melhor solução encontrada. Mas, daqui a alguns anos será eficaz ou haverá tantos idosos na fila que talvez eles se infiltrem nas demais filas em busca do rápido atendimento?
Soluções
É provável que a solução, bem ao gosto dos paliativos demagógicos que se multiplicam em forma de leis e decretos, seja subir a idade preferencial para 80 anos. Numa rápida projeção, os sexagenários e septuagenários dos próximos 20 ou 30 anos deverão estar em plena atividade – e ainda mais saudáveis que os quarentões e cinqüentões de hoje.
E aí que fica a pergunta: nosso sistema previdenciário – o INSS e os planos privados – estão preparados? Como fazer se o trabalhador pode passar mais anos aposentado do que trabalhando, na ativa?
Eis a questão.
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