quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mercado de luxo espera crescimento de até 4% em 2015

Precificação será um dos maiores desafios para o setor neste ano. Em 2014, o mercado mundial do setor atingiu 224 bilhões euros em receita, sendo metade destes gastos registrados por compras turísticas.

Redação
Radar do Futuro

Descolado dos indicadores de baixo crescimento dos mercados globais, os segmentos especializados em produtos de luxo seguem colhendo resultados positivos. Segundo o estudo “Worldwide Luxury Markets Monitor, 2015 Spring Update”, da Bain & Company, no primeiro trimestre de 2015 o setor cresceu 3% e a expectativa até o final do ano é ficar entre 2% e 4%, com taxa de câmbio constante. Para as Américas a estimativa é baixa, entre 1% e 3%, mas, de acordo com a consultoria, apesar do desempenho mais dinâmico do México, o Brasil continua em posição de liderança na América Latina.

O número de consumidores de bens pessoais de luxo passou de 140 milhões para 350 milhões somente nos últimos 15 anos. Só no ano passado o mercado mundial do setor atingiu 224 bilhões euros em receita, sendo metade destes gastos registrados por compras turísticas. Apesar dos números expressivos, os consumidores estão reformulando seu comportamento em relação aos preços dos produtos. “A percepção do produto não mudou, mas a consciência de preço aumentou drasticamente. 

Assim, os consumidores tendem a ser mais cuidadosos sobre quando e onde vão comprar algo. No entanto, uma parte relevante das vendas da indústria ainda são as compras por impulso”, diz Cláudia D’Arpizio, sócia da Bain & Company em Milão e principal autora do estudo.

Os impostos de luxo deliberados pelo governo e as flutuações cambiais impactam diretamente a precificação. O Brasil e a China estão entre os países mais atingidos, apresentando maior discrepância em relação aos Estados Unidos e Europa - no caso do Brasil a variação chega até a 40%. 
A tendência global é reduzir e estabilizar os diferencias de preços, mas a volatilidade da moeda brasileira é um constante obstáculo. “A solução para alguns distribuidores do Brasil é semanalmente, por exemplo, ajustar os preços de acordo com dólar americano”, avalia Cláudia.

Com informações da assessoria de imprensa
val.machado@agenciaideal.com.br

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