O uso da tecnologia 3D será banalizado. Visitas virtuais serão o novo padrão, graças aos preços mais acessíveis das tecnologias. A caminhada pelos imóveis vai substituir as viagens desnecessárias e as barreiras para que interessados potenciais visitem os imóveis, pelo temor dos intermediários perder as vendas.
Carlos Plácido Teixeira
Editor - Radar do Futuro
Pense como funcionava uma imobiliária há algo como dez anos atrás. Aquele vendedor atrás de uma mesa, esperando o telefone tocar. O comprador ou locador potencial tendo de comprar um jornal de domingo para procurar e selecionar anúncios. Dê um pequeno salto para hoje. Os classificados de jornais perderam qualquer relevância. A disputa se concentra entre sites de imobiliárias e de novos portais especializados. E os corretores são obrigados a se preparar mais para conquistar os potenciais compradores.
Para quem acha que muita coisa mudou, a notícia mais relevante é de que ainda há muita transformação nos próximos anos. Empresas e profissionais da corretagem devem ficar ainda mais atentos. Em apenas mais cinco anos, a influência dos recursos tecnológicos terá dado saltos maiores, alterando profundamente as relações do mercado. Informações serão mais facilmente compartilhadas no ambiente influenciado pela internet, presente em todas as coisas e pela inteligência artificial.
Para Gregory Kiep, diretor de marketing da corretora norte-americana Charlesgate Realty, o uso da tecnologia 3D será banalizado. Visitas virtuais serão o novo padrão, graças aos preços mais acessíveis das tecnologias. A caminhada pelos imóveis vai substituir as saídas desnecessárias e as barreiras para que interessados potenciais visitem os imóveis, pelo temor dos intermediários perder as vendas.
O especialista também aposta que os escritórios serão mais parecidos com espaços interativos, como regra geral. O modelo atual, de vendedores atrás de mesas velhas, pouca luminosidade e absoluta falta de decoração dará lugar a espaços onde os clientes querem ir e interagir facilmente com um profissional de vendas. "Pense em lojas de "café", onde as pessoas podem casualmente conversar sobre uma das maiores compras ou vendas de suas vidas.
No processo de apresentação de cada imóvel, o conhecimento sobre a localização terá uma nova função. Com o avanço da georreferência, as pessoas não querem saber informações apenas sobre a residência ou ponto comercial. Os interessados querem ter informações sobre a área vizinha. "Vai tornar-se vital para os agentes explicar todo o estilo de vida de uma propriedade - não apenas os recursos específicos da residência ou do ponto comercial", assinala Gregory Kyep.
A publicidade em papel perde completamente a relevância, com o direcionamento de recursos para meios digitais. Inclusive com a exploração da via dupla de comunicação entre vendedores e consumidores. Na prática a "publicidade nativa" ganha poder. A aproximação será estimulada pelo método de divulgação e relacionamento baseado em gestão de conteúdos próprios.
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