Ao investir no agregador, o LinkeIn dá mostra de que pretende firmar efetivamente a marca no mercado de aplicativos. Para isso, vem investindo em sistemas autônomos. E a empresa também deixa claro que quer estar no negócio de conteúdo.
Redação
Radar do Futuro
O LinkedIn se junta ao rebanho de empresas que desenvolvem e querem marcar posição firme no meio digital com aplicativos para a leitura de notícias em equipamentos móveis. Paralela ao movimento de outras marcas líderes das áreas de tecnologia e comunicação digital, a rede social especializada em interação de profissionais e empresas pretende gerar e consolidar a reputação como endereço focado em conteúdos profissionais. E ser mais do que um lugar de compartilhamento de currículos, como já é atualmente.
As apostas estão concentradas no Pulse, o agregador de notícias comprado em 2013. De acordo com matéria publicada por Júlia Greenberg, colaboradora do site Wired.com, o sistema foi completamente remodelado. Para competir com outros publicadores de notícias, Akshay Kothari, um dos criadores do sistema, em 2010, reconhece que o aplicativo deve oferecer algo diferente para garantir o destaque pretendido.
O Pulse pretende ser identificado como a primeira mídia personalizada de notícias de negócios. Para isso, diz o fundador, a ferramenta do LinkedIn pretende "trazer de volta" os editores humanos. Não serão apenas algoritmos os responsáveis por adequar as notícias aos interesses específicos do usuário do meio digital. Na alimentação do aplicativo, os usuários verão notícias e análises de ambos os editores.
Editores humanos farão a curadoria das manchetes do dia. Selecionarão, inclusive, histórias interessantes para usuários de segmentos ou interesses específicos. O algoritmo do aplicativo vai organizar atualizações com base no cruzamento dos dados compartilhados, compreendendo as conexões pessoais, interações entre publicadores. "Acima de cada história, os usuários verão a razão daquela história estar sendo mostrada", assinala Julia Greenberg. Segundo ela, há uma preocupação forte de Kothari, o criador do aplicatvo, em priorizar a transparência. "Nós percebemos que o contexto é muito importante", ele explica.
Ao investir no agregador, o LinkeIn dá mostra de que pretende firmar efetivamente a marca no mercado de aplicativos. Para isso, vem investindo em sistemas autônomos. E a empresa também deixa claro que quer estar no negócio de conteúdo. A mídia incentiva os usuários a escrever e postar informações diretamente no site, que compartilha entre os usuários relevantes.
Tendência
A valorização da presença de editores humanos é, no mínimo, curiosa no momento em que o conceito de inteligência artificial tende a dar um salto para dentro do mercado. Gigantes da área de tecnologia apostam em projetos que valorizam, no final das contas, o trabalho humano. No desenvolvimento de aplicativos agregadores de notícias eficientes, Linkedin, Facebook e Twitter anunciam a disposição em contratar profissionais que serão responsáveis pelo trabalho de curadoria de notícias.
Envolvido nos planos de desenvolvimento do aplicativo News, a Apple reconheceu o novo olhar para o papel dos "editores humanos" ao publicar um anúncio no dia 12 de junho, para a contratação de editores. A empresa admite que precisa de seres humanos "capazes de reconhecer histórias originais, que provavelmente não seriam identificadas pelas inteligência de máquinas.
O investidor de risco Chris Sacca sugeriu que o Twitter deve contratar editores humanos para alimentar informações durante eventos ao vivo, agregando por conta da relevância, importância, humor, e valor . Pelo menos por enquanto, o toque humano continua valorizado.
Com informações do site Wired.com
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