domingo, 22 de outubro de 2017

O que você deve saber sobre o futuro do jornalismo

Estudo revela estratégias para sobreviver no futuro na profissão

Radar do Futuro

No futuro das empresas jornalísticas, os editores serão mais vulneráveis aos avanços das tecnologias do que os repórteres. Como desempenham maior número de atividades privisíveis, os profissionais responsáveis pela coordenação e gestão de equipes de jornalistas tendem a ser afetados pela adoção de recursos como a automação e desenvolvimento da inteligência artificial. Editores desempenham mais atividades que podem ser realizadas por sistemas ou pelos próprios repórteres. Além de terem salários maiores.

As conclusões acima fazem parte do estudo "Impactos da revolução digital no jornalismo", elaborado pelo site Radar do Futuro, a partir de um modelo específico de avaliação de funções e uso de ferramentas de análises de dados.  O levantamento conclui que os riscos de automação das duas funções são relativamente baixos. Os maiores riscos para as atividades dos jornalistas estão associados a fatores econômicos, sociais, políticos. Entre outros, o crescimento da concorrência decorrente da entrada de especialistas de outras áreas, inclusive de tecnologia que vão desempenhar algumas das tarefas tradicionais da profissão.

Perspectivas

No futuro, jornalistas continuarão a ser contratados para o trabalho em redações, desempenhando atividades com apoio das tecnologias. "A inteligência artificial não vai substituir o repórter. Mas o profissional precisará aprender a lidar com tecnologias, para tê-las como aliadas", resume Sérgio Viegas, especialista em inteligência artificial e um dos coordenadores do estudo. Isso vai significar que o domínio de técnicas de jornalismo de dados será essencial para o desempenho das atividades de produção de notícias.

É importante considerar que os sistemas inteligentes de produção de textos, que já hoje “redigem” notas, resultados de eventos esportivos e relatórios, requerem a intervenção, em algum momento, de seres humanos. Grandes empresas jornalísticas já adotam as soluções de automatização de produção de notícias.

O modelo de emprego baseado em redações com dezenas de jornalistas vai sendo extinto, afetando veículos de todos os segmentos. As redações atuais darão lugar a estruturas formadas por prestadores de serviços autônomos. Incluirão, por exemplo, os produtores de conteúdos, vindos de diferentes especialidades. 

Protagonistas de mudanças, pessoas com conhecimentos de tecnologia, design e do marketing e, mesmo, de outras áreas. Os concorrentes tendem a assumir o papel de criadores de novos modelos de negócios. Eles estabelecem novas regras de produção, de textos baseados em métricas quantitativas.



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