Tamanha presença gera preocupações, que resultam em oportunidades, para fornecedores de equipamentos e softwares. Krig Skaugen, vice-presidente da Intel, as 50 bilhões de máquinas com Protocolo de Internet (IP) próprio e capacidade de conexão e interação com outros equipamentos e pessoas vão desafiar a capacidade de produção das indústrias de informática e de telecomunicações que, segundo o executivo, ainda não estão preparadas para suportar o crescimento projetado.
"Na última década o mundo tinha 40 milhões de servidores e achava que a conexão estava garantida, mas não estamos nem perto de ter infraestrutura básica para suportar o que virá", assegura o executivo. Os gargalos, segundo Skaugen, passam pelo aumento da capacidade de servidores, capazes de processar o tráfego de internet gerado pelos novos aparelhos e também pelo consumo de energia que eles vão demandar.
Nos últimos dois anos, o tráfego de dados da internet cresceu exponencialmente. Em 2010, foram trafegados 245 exabytes de dados na internet (o equivalente a cerca de 65 milhões de DVDs), mais do que o volume circulado em toda a história da rede.
Ao mesmo tempo, crescem os custos para ampliar a infraestrutura de armazenamento. Os US$ 58 mil que eram a média de gastos com capacidade de servidor em 2000 passaram para US$ 138 mil no ano passado.
"Para abastecer todos os novos servidores e suportar a estrutura que existirá em 2015 seriam necessárias pelo menos 45 novas plantas de geração de energia a carvão", afirmou o executivo.
Ainda de acordo com Skaugen, atualmente 2% dos servidores do mundo já correspondem a US$ 15 bilhões gastos por ano só com energia.
Principais variáveis
Aumento no número de dispositivos devido à explosão na quantidade de aparelhos como tablets, celulares e outras ferramentas conectadas.NUVEM
Crescimento no número de usuários de internet, que em 2015 chegará a três bilhões, equivalente a mais de 40% da população mundial projetada.
Velocidade média fixa da banda larga vai ficar mais rápida, ela deve quadruplicar até 2015 e chegar a 28 Mbps. Atualmente essa velocidade é de 7 megabytes por segundo.
Em 2015, a Cisco prevê que mais de um milhão de minutos de vídeos cruzarão a internet a cada segundo.
Diante dos números, os desafios atuais dos fabricantes de equipamentos --de servidores a computadores-- estão em criar produtos mais eficientes em consumo de energia e aproveitar novas tecnologias, como a de computação em nuvem, para responder à necessidade de conexão dos novos dispositivos.
"A computação em nuvem é um dos elementos que podem transformar a economia e que podem contribuir para conectar a próxima onda de cerca de 1 bilhão de pessoas à internet", disse.
Para a indústria de tecnologia, os sistemas e serviços de computação em nuvem representam um filão importante de recursos.
Estima-se que o modelo --que prevê o processamento central de aplicações e software em servidores espalhados pelo mundo, em vez da instalação em máquinas específicas-- movimentará cerca de US$ 40 bilhões neste ano, com potencial para atingir US$ 121 bilhão em quatro anos.
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