O mercado brasileiro de serviços de Tecnologia da Informação deve movimentar cerca de 22 bilhões de dólares em 2014, com um crescimento de 46% em relação a 2011, segundo um estudo elaborado pela empresa de consultoria Gartner. O levantamento indica que o Brasil e a América Latina registram crescimento mais acelerado que as demais regiões do globo, que, juntas, devem registrar expansão de 9,5%, saltando para US$ 944 bilhões em 2014.
A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpícos de 2016 são as principais variáveis impulsionadoras dos negócios no setor de TI, além do aumento da demanda do mercado local. Em sentido contrário, os pesquisadores da Gartner apontam problemas gerados pela falta de alinhamento dao pequeno impacto dos servicos de TI nos negócios, por não estarem alinhados com o negócio consistentemente, a falta de estratégias de cloud computing e o baixo investimento das empresas em organização e gerenciamento de sourcing.
O baixo índice de adoção da computação em nuvem pelas empresas brasileiras foi, inclusive, motivo de surpresa para o Gartner, conta o vice-presidente de pesquisas da empresa, Cassio Dreyfuss. Segundo ele, em 2009, o país era aquele em que as empresas apresentavam a maior taxa de intenção de adoção de cloud comptuing. "Aí veio 2010 e nada. A adoção foi muito pequena. Depois de liderar em intenção em 2009, o Brasil já apareceu atrás de diversos países no ano passado", frisa.
Para corroborar isso, Dreyfuss cita uma recente pesquisa realizada pelo Gartner, a qual aponta que 80% dos CIOs no Brasil não têm intenção de desenvolver uma estratégia de cloud computing nos próximos três anos. O fato de os fornecedores mundiais de cloud ainda não terem trazido para o país todo portfólio de serviços que oferecem no exterior e a grande preocupação com a questão da segurança e a gestão são alguns dos aspectos listados por Dreyfuss para a falta de interessente dos CIOs brasileiros por computação em nuvem.
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