domingo, 26 de junho de 2011

Especialistas projetam crise para economia mundial

Uma onda de pessimismo quanto ao futuro próximo da economia do planeta ganha forma no ambiente internacional. Especialistas, representantes da visão acadêmica, governamental ou do mercado financeiro, explicitam projeções sobre uma segunda onda da crise global. Na prática, ganha forma a constatação de que os problemas gerados pelos Estados Unidos em 2009 e as dificuldades enfrentadas por países europeus atualmente ainda não tiveram desfecho favorável. E que o sistema financeiro continua incólume, gerando e "socializando" estragos.


Em uma entrevista para TV, o consultor de finanças Charles Nenner, ex-analista técnico da Goldman Sachs, uma das maiores instituições financeiras do planeta, disse que alertou os clientes, entre investidores individuais, fundos de pensão e de hedge e grandes empresas, a acionar o sinal de alerta para possíveis crises futuras.

Opiniões convergentes sobre o pessimismo foram apresentadas na Rússia, em junho, na edição anual do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. O pessimismo é preocupante, inclusive pelo poder de formação de opinião. Em uma pesquisa realizada com os integrantes da comunidade financeira internacional presentes, apenas 10,1% descartaram a perspectiva de uma segunda crise global.

O ministro das Finanças russo, Aleksey Kudrin, ressaltou a elevada probabilidade de um cenário negativo no curto prazo - entre 2012 e 2013 -, acompanhado por Nouriel Roubini, respeitado professor da Universidade de Nova York, que previu a atual crise global.

Indicadores


A principal ameaça é a de que nenhum banco central tenha aprendido uma lição com a primeira onda onda da crise global. Os problemas não estão sendo resolvidos. Na prática, os governos estão tentando resolver os problemas pelos mesmos meios que causaram a crise, com a utilização de empréstimos privados e públicos, beneficiando o foco gerador das crises.

Nouriel Roubini identifica a formação de uma "tempestade perfeita", formada por quatro ameaças capazes de afetar a economia global em 2013: desaceleração econômica da China, dificuldades do Japão, crise da dívida na Europa e falta de solução para os problemas dos Estados Unidos são os indicadores que devem ser monitorados permanentemente, segundo o professor.


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