terça-feira, 14 de junho de 2011

Preços dos alimentos preocupam entidades internacionais

Os preços internacionais dos alimentos manterão altos e instáveis até 2012, segundo estudo elaborado pela Organização de Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O relatório "Perspectivas Alimentares" descreve o cenário atual como de forte queda dos estoques frente a um modesto aumento da produção geral na maioria dos cultivos.

Para David Hallam, diretor da Divisão de Comércio e Mercados da FAO, a situação geral dos cultivos agrícolas e dos produtos alimentícios gera tensão. Os preços mundiais em níveis obstinadamente altos sinalizam uma ameaça para muitos países de baixa renda e com déficit de alimentos.


Os próximos meses serão cruciais para determinar a forma com a qual os principais cultivos se comportarão este ano. Alguma recuperação da produção s perspectivas é esperada em alguns países, como na Rússia e na Ucrânia, apesar de as condições meteorológicas em outros países poderem prejudicar os rendimentos do milho e do trigo tanto na Europa como na América do Norte.
As perspectivas atuais para os cereais em 2011 apontam a uma colheita recorde de 2,315 bilhões de toneladas, com um aumento de 3,5% em relação a 2010. Para a FAO, espera-se que a produção mundial de trigo fique 3,2% acima da reduzida colheita do ano passado.
As perspectivas preliminares para a produção mundial de arroz apontam também a uma colheita recorde de 463,8 milhões de toneladas, com um aumento de 2% em relação ao ano passado.
As reservas mundiais de cereais ficaram no fim da safra agrícola de 2012 em 494 milhões de toneladas, com uma alta de apenas 2% em relação aos níveis iniciais muito baixos.
Segundo o relatório, o equilíbrio mundial de oferta e demanda de açúcar aponta para algumas melhoras sustentadas pela previsão de uma grande produção em 2010/2011, que possivelmente deverá superar o consumo pela primeira vez desde 2007/2008.
O índice internacional para o preço da carne alcançou um novo recorde com 183 pontos em maio de 2011 e a combinação de uma forte demanda importadora e uma disponibilidade limitada para a exportação apontavam a uma maior firmeza nos preços durante os próximos meses.
O mercado de peixes recuperou-se este ano e a produção em 2011 aproxima-se de um novo recorde, mas os preços se verão impulsionados por uma forte demanda por parte dos países em desenvolvimento.

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