segunda-feira, 21 de março de 2011

FGV terá novo indicador sobre comércio e construção civil

FGV e Banco Central assinam convênio para a produção de sondagens prospectivas sobre comércio e construção civil

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), assinou convênio com o Banco Central para produzir, mensalmente, estudos prospectivos sobre o comportamento do comércio e da construção civil. A Sondagem do Comércio será iniciada em julho, com consultas a 1,2 mil comerciantes, no atacado e no varejo, e a Sondagem da Construção Civil irá a campo no mês de outubro para ouvir pelo menos 700 empresas do setor.

Os estudos ampliam a capacidade de elaboração de diagnósticos sobre a economia brasileira e possibilita ao governo o acesso a informações necessárias para a definição de políticas públicas. O Ibre-FGV desenvolve outras pesquisas para verificar as tendências sobre o consumo, a indústria e o setor de serviços. Com isso, vai fechar um sistema “indispensável para o acompanhamento da economia”, com base em parâmetros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com Vagner Ardeo, vice-diretor do Ibre.

Segundo ele, a conclusão desse tipo de monitoramento da economia possibilita “ganhos inequívocos” para o desenvolvimento do país, como tem demonstrado a experiência europeia. Em especial, porque a visão apresentada pelos setores produtivos traça “uma perspectiva mais atrelada à realidade”, como tem feito, por exemplo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Essa visão é diferente, por exemplo, do boletim Focus, pesquisa que o BC faz todas as sextas-ferias com uma centena de analistas financeiros da iniciativa privada para saber as tendências do mercado sobre os principais indicadores da economia. A partir de agora, o BC juntará os diferentes pontos de vista (financeiro, produtivo e do consumidor) para monitorar suas políticas.

O economista do Ibre-FGV explica que as sondagens de tendência são levantamentos estatísticos que geram informações usadas no monitoramento da situação atual e na antecipação de eventos futuros da economia. Por produzirem sinalizações de tendência econômica com muita rapidez, as sondagens são ferramentas indispensáveis a empresários, governos e entidades de classe na análise de conjuntura e tomada de decisões.

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