sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vendas de tecnologias embarcadas terão forte expansão

As vendas mundiais de modens embarcados em máquinas e dispositivos móveis devem explodir nos próximos anos. A tendência, apontada por institutos especializadas em pesquisas sobre o mercado de tecnologias, sinaliza o aumento de visibilidade de casos de aplicação de recursos que possibilitam, por exemplo, às seguradoras identificar o local onde está escondido um carro roubado. Ou a um médico monitorar, à distância, os batimentos cardíacos de um paciente. 
Segundo estudo desenvolvido pelo instituto Infonectics Reserch, as conexões máquina a máquina - ou machine-to-machine (M2M), no jargão usual dos especialistas em tecnologia da informação -  terão  crescimento anual de 66% até 2014. Segundo a consultoria IDC, mais de 1 bilhão de profissionais em todo o mundo utilizarão, até o final deste ano, algum tipo de dispositivo móvel como ferramenta de trabalho. Segundo o instituto, diante do crescimento contínuo da adoção da mobilidade na força de trabalho, em 2013 serão 1,2 bilhão de usuários corporativos conectados, ou 35% da força de trabalho mundial.

O termo máquina a máquina designa a transmissão de dados de um equiamento para outro por conexão sem fio, como a utilizada pelos aparelhos de telefonia celular. Geralmente, os dispositivos são adotados para monitoramento e controle de equipamentos ou para medição de atividades. Além das operadoras de celulares, a tecnologia tem aplicações em áreas como energia, gás, transportes, segurança e telemedicina.

PROJETOS DE MOBILIDADE
telemetria, usada para realizar mensurações complexas de forma remota e automática
transporte de cargas valiosas e pesadas
portos e ferrovias
terceirização de mão de obra
medição, distribuição e consumo de energia elétrica, água, gás natural, petróleo e derivados
monitoramento de caixas eletrônicos
máquinas dispensadores (vending machines)

Segundo o IDC
Nas empresas
38% das empresas nacionais de grande e médio porte já utilizam aplicações móveis de dados
67% utilizam redes sem fio internas (as chamadas WLANs)

Em 2009, a aplicação principal era de
e-mail móvel
automação da equipe de vendas e de serviços técnicos em campo, além de ERP e CRM móvel.


Em 2009, a venda global de PCs sofreu uma queda de 6,4% em relação ao ano anterior, totalizando 11 milhões de unidades comecializadas. Mas os notebooks começam a equilibrar a balança, tendo alcançado um volume de vendas 19% maior em 2009, chegando a 3,8 milhões de unidades vendidas.

O uso da mobilidade é impulsionado, principalmente, pelos avanços tecnológicos, pela crescente velocidade da internet e, por que não, pela busca de uma maior qualidade de vida. Trabalhadores e especialistas em TI consideram que celulares, smartphones, notebooks, netbooks, tablets, etc. proporcionam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, já que em muitos casos ‘substituem’ a presença física por um bom trabalho desempenhado à distância. Isto sem falar nos benefícios operacionais, com maior eficiência e rapidez nas tarefas e eliminação de despesas e prejuízos com deslocamentos, reuniões e atrasos nos fluxos de trabalho.

Passada a fase de massificação do uso da telefonia celular no Brasil – superação mais do que atestada nas últimas semanas, com números da Anatel indicando que o País já possui mais de um celular por habitante (189,4 milhões de aparelhos, no total) –, a preferência agora é por maior desempenho e durabilidade no momento de escolher dispositivos móveis, principalmente para uso corporativo. Com a maior diversificação de segmentos interessados em adotar soluções de mobilidade, é importante identificar projetos com dispositivos e equipamentos adaptados para as características de cada setor. No caso de ambientes industriais, por exemplo, deve-se considerar condições críticas como umidade, temperatura, iluminação e poluição.

Independente do nível de sofisticação em mobilidade, o mercado brasileiro precisa pôr em prática medidas para evitar a defasagem de sua estrutura. Na região da Ásia-Pacífico, por exemplo, 37,4% do total de trabalhadores devem se tornar ‘móveis’ nos próximos três anos. Já os EUA continuam ostentando a maior concentração local de trabalhadores móveis – em 2008 já eram mais de 70% do total de empregados, percentual que deve subir para 75,5% em 2013. Na Europa, a previsão é de que mais de 50% de seus empregados estejam utilizando tecnologias móveis em um futuro próximo.

Aos poucos, a mobilidade torna-se mais que um diferencial de mercado. Nesse momento, caminha para ser, também, um meio de manter a competitividade das indústrias frente à concorrência interna e estrangeira – e do País diante da concorrência internacional.

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