No Brasil, as mulheres ocupam o posto de chefe de 32% das famílias com renda entre R$ 600 e R$ 2.099, representantes da classe C. A informação integra um levantamento do Ibope Mídia Brasil, que ouviu cerca de 20 mil pessoas com mais de 12 anos nas principais regiões metropolitanas brasileiras. Nos segmentos de maior renda, classes A e B, 25% das mulheres respondem pela administração do grupo familiar.
Pelo Critério Brasil de classificação econômica, que leva em conta a posse de bens para dividir a população em diferentes estratos, a classe C é mais jovem e composta por uma maioria de afrodescendentes. Em Salvador, por exemplo, 41% da classe C é negra, enquanto em Brasília o porcentual é de 22%. Ainda de acordo com a pesquisa, os integrantes da classe C é geralmente mais saudável. Pela classificação utilizada, com base no Critério Brasil, 31% da classe AB1 está acima do peso - na classe C1 (uma subdivisão da classe C), este porcentual é de 27%.
Na área de educação, no entanto, a classe média ainda leva uma desvantagem em relação às camadas mais altas. O Ibope Mídia revelou que 23% da população de classe C fala outro idioma e apenas 7% fala o inglês. Do total da população brasileira, 12% falam inglês e, entre as pessoas da classe A, a porcentagem chega a 25%. Com maior acesso ao ensino médio, à medida que os integrantes da classe C com ensino médio melhoram de vida, aumenta o interesse em estudar.
Outro ponto de destaque é que, na classe C, os homens vivem menos. Os dados do Ibope Mídia revelam que, no estrato AB da população, 12% dos homens possuem entre 55 e 64 anos. Na classe C, a porcentagem de homens nesta faixa é menor, de 9%. A classe C também compra menos pela internet e costuma planejar bem as compras, principalmente as mais caras.