quinta-feira, 21 de outubro de 2010

expectativas positivas brasil exterior

Representantes de embaixadas, de câmaras de comércio, organizações multilaterais e multinacionais, em atividade no País, têm expectativas positivas em relação à melhoria dos indicadores sociais no Brasil. A constatação é do Monitor da Percepção Internacional do Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O indicador, calculado trimestralmente, registra as análises de agentes internacionais para avaliar aspectos econômicos, sociais e político-institucionais. O estudo revela, entre outros dados, a expectativa de queda moderada da pobreza nos próximos 12 meses e a consequente redução da desigualdade social.
Também melhoraram os indicadores relativos às condições de crédito (de +3 para +14) e de acesso da população a bens de consumo (de +18 para +36).

“Foi um salto significativo com relação à pesquisa anterior, feita em julho, quando havia refluxo da compra de bens de consumo duráveis com o fim do período de isenção do IPI e das medidas de incentivo fiscal tomadas durante a crise”, afirmou o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea André Pinelli. De acordo com o técnico, dois terços dos agentes ouvidos esperam melhora no acesso a bens de consumo nos próximos 12 meses.

A variação mais negativa foi do indicador relativo à condução da política econômica nos últimos 12 meses, que passou de +59 para +9. “Na pesquisa de julho, 38% dos respondentes acreditavam que a condução da política econômica havia sido muito favorável ao crescimento econômico com estabilidade. Em outubro, foram só 14%”, afirmou André. Para ele, a mudança na avaliação pode ser explicada pelo fato de a guerra cambial estar em evidência durante o mês de outubro.

Outros números
Também houve queda expressiva no item relativo à segurança jurídica (de -4 para -14), que, segundo o técnico pode ter sido motivada pela indefinição com relação à aplicação da Lei da Ficha Limpa no período eleitoral. Já os indicadores relativos ao crescimento do Produto Interno Bruto e à taxa de inflação não variaram, mantendo-se em +59 e +21, respectivamente.

Confira:
Monitor de Percepção Internacional do Brasil

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