Em 2011, um número maior de consumidores de informações e entretenimento vai descobrir as vantagens do relacionamento proativo com o conteúdo da internet. Ou seja, com a possibilidade de assistir a um programa no melhor momento e no dispositivo de preferência, e não através de uma programação predeterminada, como ocorre no sistema de transmissão de televisões abertas.
Estudo desenvolvido pela Consumer Eletronics Association (CEA), entidade que reúne mais de 2 mil empresas do setor de eletrônicos nos Estados Unidos, reforça a expectativa de que, com acesso facilitado à internet em equipamentos móveis e mais banda larga disponível, 2011 será o ano da consolidação da tendência do vídeo sob demanda do usuário. O efeito prático é claro. Os consumidores vão se relacionar mais com programas, conteúdos e shows individuais do que com os canais ou agregadores que os transmitem.
A análise reitera as conclusões de outros estudos, que apontam o esvaziamentos das televisões abertas. Nos Estados Unidos cai o número de moradores que esperam o horário do telejornal para se informar. O mesmo processo tende a ser sentido no Brasil, onde o Jornal Nacional, da Rede Globo, já sente o baque das mudanças de hábitos de quem tem televisões por assinatura e internet e que sabe que não precisa esperar o horário das oito horas para ser informado.
A tendência de os aplicativos nos telefones inteligentes estão mudando a indústria e criando um novo modelo na internet e continuará a crescer em 2011. Atualmente existem mais de 400 mil aplicativos disponíveis para vários celulares, em uma série de sistemas operacionais. A vantagem é que estes aplicativos transformam um simples telefone celular em um videogame ou uma revista. Para repetir o sucesso em outros dispositivos, como televisores, os aplicativos terão que repetir essa fórmula, agregando valor. “O futuro dos aplicativos continuará gerando impacto e definindo a indústria da tecnologia de consumo”, conclui a CEA.
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